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segunda-feira, janeiro 08, 2018

O Caçador de Sol

Com botas gastas e chapéu de palha,

O homem caminha onde a estrada falha.

Seu coração pulsa com um ritmo sincero,

Buscando no mundo passarinhos amarelos.


Nas selvas densas, sob o céu tão vasto,

Ou nas montanhas onde o ar é mais casto,

Segue atento, o olhar feito lanterna,

Capturando o brilho de penas douradas que se alterna.


No canto suave de um rio distante,

Ou no calor de um deserto escaldante,

Ele encontra, enfim, o que tanto quis:

Pequenas faíscas de ouro, lampejos de sol feliz.


Cada ave é uma história, um poema, uma vida,

Um voo fugaz que nunca se despida.

O homem anota, desenha e descreve,

Guardando lembranças de um mundo tão leve.


E quando o dia se rende à noite estrelada,

Ele repousa sob a sombra encantada,

Sonhando com campos e florestas inteiras,

Onde cantam os pássaros de penas solares e verdadeiras.


Pois o viajante não busca fortuna ou fama,

Mas a magia simples que o coração reclama.

E assim segue o homem, sem pouso nem fim,

Atrás de passarinhos que brilham em amarelo cetim.